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17 de abril de 2009

ESPECIALISTAS EXPLICAM AS CHEIAS NOS RIOS AMAZÔNICOS


Encontro das águas dos Rios Negro e Solimões que estão sofrendo grandes enchentes

Cheia histórica de rios é resultado de coincidência rara, explica pesquisador

Fortes chuvas elevaram os níveis dos rios amazônicos, causando alagamentos e tirando milhares de pessoas de suas casas na região. A previsão é de que a situação fique ainda mais crítica. O governo já alertou para o risco de Manaus sofrer sua pior enchente.

O professor de hidrologia da Universidade do Estado do Amazonas Naviano Filizola confirma que as águas da Bacia Amazônica não atingiram seu ponto mais alto e atribui sua subida anormal a uma coincidência rara de picos de cheias dos diferentes rios que a compõem. “É um fenômeno raro. Sempre nos preocupamos que isso acontecesse e parece que agora está acontecendo”, disse em entrevista telefônica ao Globo Amazônia concedida de Tabatinga, no Rio Solimões. Ele viajou para lá para avaliar a extensão do fenômeno. “Aqui o rio está bem cheio, mas ainda não atingiu o pico”.

“Houve concentração muito forte de chuvas em janeiro no alto Rio Marañon, no Peru”, explicou o professor. “No Brasil, as chuvas se concentraram ao longo do Solimões e do Amazonas, e ao longo do Juruá e do Purus. Isso se juntou com a elevação de nível do Rio Negro, que está agora em época de chuvas fortes e coincidiu com o pico de cheia do Rio Madeira”, acrescentou.

O resultado é que enormes massas de água concorrem por toda a bacia, causando enchentes do Acre ao Pará. O local com maior elevação das águas, calcula Filizola, deve ser na altura de Óbidos, no Rio Amazonas, pouco antes de Santarém. “Ali a situação ainda deve se complicar por causa da junção do Amazonas com o Madeira”. Ele calcula que o pico na região seja alcançado em meados de maio.

Além do desastre social, haverá conseqüências para a natureza? Na opinião de Filizola, nada grave, pois apesar das grandes proporções, a cheia é um fenômeno recorrente na Amazônia. “A desse ano talvez seja a maior dos últimos cem anos. A maior dos últimos 60 anos com certeza será. Mas depois, a tendência é voltar tudo ao normal”. (Fonte: Dennis Barbosa/ Globo Amazônia) - Noticias Ambiente Brasil

'Situação pode se agravar', diz governador do Amazonas

PORTAL G1 - 17/04/2009

Depois de 45 dias de chuvas intensas, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, afirmou, em entrevista à Globo News, nesta quinta-feira (16), que a situação nos municípios do estado pode perdurar e se agravar. De acordo com Braga, 30 cidades que haviam decretado estado de emergência migraram para o estado de calamidade pública. Para ajudar as famílias desabrigadas, o governo disponibilizou, com seus próprios recursos, R$ 6 milhões.

“Diante de todas as informações que recebemos na quarta-feira (15) sobre as situações nas cidades, decidimos decretar estado de emergência em todo o estado, reconhecendo os 30 municípios em estado de calamidade pública”, diz.

O estado definiu, ainda de acordo com Braga, que disponibilizará uma ajuda de R$ 300 para cada família desabrigada, para a compra de alimentos, combustível e pequenos reparos quando a água começar a baixar. “A ajuda já está sendo dada por meio de um cartão magnético. Se em 30 dias a situação não estiver normalizada, com a baixa das águas, o governo deve complementar a quantia usando os mesmos cartões”.

O governador afirma que 6 mil famílias já foram cadastradas pela Defesa Civil para receber o benefício e outras 14 mil famílias afetadas ainda devem ser atendidas. “Contamos com a ajuda do Comando Militar da Amazônia, das Forças Armadas e do Governo Federal para agilizarmos os cadastros”, diz Braga. Moradores dos 30 municípios em estado de calamidade têm prioridade para o recebimento da ajuda.

O governador explica ainda que optou pela ajuda por meio do cartão magnético para agilizar a chegada dos recursos às famílias. “Decidimos fazer dessa forma, e não da forma tradicional, com o transporte de cestas básicas e materiais de construção, por entendermos que a logística tomaria tempo e a burocracia acabaria retardando a ajuda. Estamos tentando simplificar o processo para que o recurso possa chegar de forma mais rápida e mais direta possível aos desabrigados”, diz.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo Braga, estará em Manaus no dia 27 de abril para avaliar a situação no estado. (Fonte: G1)


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