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17 de junho de 2009

LAVANDERIA MAMUTE (PE), COM ORIENTAÇÃO TECNOLÓGICA DO SEBRAE, REUSA 60% DA SUA ÁGUA

Lavanderia Mamute, localizada em meio ao agreste de Pernambuco, recicla suas águas que lavam cerca de 3000 peças por dia


Ref.: RIO CAPIBARIBE - conheça


Cresce o uso de derivados de tanino para tratamento da água e efluentes

Revista Digital Aguaonline

Há 20 anos, a Lavanderia Mamute, localizada em meio ao agreste de Pernambuco, atua com a reciclagem da água, em uma área carente de recursos hídricos. Edilson Tavares de Lima, diretor industrial da Mamute, diz que um dos motivos pelo qual a lavanderia se destaca no mercado é a qualidade do produto.

A empresa lava, tinge e ainda customiza produtos para confecções do município. Fabricantes de roupas, antes de vender, entregam as peças à Mamute para que ela dê um formato ao produto, como o do jeans com aspecto de amassado, que, segundo Edilson, “está na moda”. Toritama constitui um dos pólos de confecção de Pernambuco. Na cidade existem cerca de 2.000 empresas do segmento, o que dá gás aos serviços da Mamute. A empresa lava cerca de 3.000 peças por dia.

Um dos aspectos cruciais da lavanderia de Edilson se refere à questão ambiental. “Quando montamos nosso negócio, identificamos que a falta de água na região era um grande problema para o nosso empreendimento”, conta. Em 1999, veio a solução por meio de uma parceria da Mamute com o Sebrae, Sindicato do Vestuário do Estado de Pernambuco (Sindivest) e com a BFZ, uma instituição alemã que desenvolve soluções ambientais.

O projeto recebeu apoio do Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica (Sebraetec). Edilson conta que quando anunciou que sua empresa trabalharia com reciclagem isso gerou desconfiança na cidade. “As pessoas vinham me questionar sobre como eu usaria água suja para lavar roupa”, lembra. Tavares recorda que com a ajuda dos técnicos alemães se deu conta de que não necessitaria utilizar água potável em todas as etapas da lavagem. “O custo para tornar a água potável é muito elevado”, observa o diretor industrial.

Por meio da tecnologia alemã, conseguiu o reaproveitamento de 60% da água usada pela empresa. O processo consiste em três etapas. Primeiro é separado o líquido dos resíduos sólidos. Em um segundo momento, ocorre a homogeneização da água com diversos teores de sujeira. Finalmente, é aplicado tanino na água, produto com função de limpar. “O pulo do gato foi dividir nosso trabalho em fases que exigem ou não o uso da água potável e em que momento se consegue reaproveitar o líquido”, conta Tavares.

Além de evitar que água suja seja atirada no rio Capibaribe e polua o meio ambiente, a Lavanderia Mamute conseguiu economizar, com o suporte dado pelos alemães. Antes, gastava 120 litros para lavar cada peça. Atualmente, são 70. Edilson Tavares comemora o fato. Para ele, que deu um depoimento no programa de rádio do Sebrae, inovar tem a ver necessariamente com sobrevivência. “Em um mercado como o de moda e roupas, em constante mudança, você tem que se re-inventar a cada estação”, constata.

UM EXEMPLO PARA SER SEGUIDO:

Serviço:

Agência Sebrae de Notícias - (61) 3348-7138 e 2107-9362.


E-mail do programa: inove@sebrae.com.br


Lavanderia Mamute – (81) 3741-1212.

Cresce o uso de derivados do tanino

Exemplo da eficiência no uso do floculante orgânico. A foto da esquerda mostra a lagoa biológica de um frigorífico, onde antes utilizavam floculante metálico e com uso do floculante a base de tanino retiraram muito mais gorduras no flotador. Na busca de soluções mais naturais para o processo de limpeza da água está crescendo o uso de derivados do tanino como floculantes.
Segundo Diogo Carlos Leuck, gerente de Mercado e Relações Institucionais da Acquaquimica, empresa gaúcha do Grupo Seta, com sede em Estância Velha, "hoje temos uso em lavanderias focando a redução dos parâmetros de lançamento em relação ao uso de coagulantes metálicos.
Nossos clientes tem conseguido reusar uma quantidade maior de água com uso do Acquapol".Ele acrescenta que além deste segmento, há os clientes de indústrias alimentícias e frigoríficas, onde o lodo ou flotado gerado é totalmente orgânico, possibilitando dar um destino ecológico ao mesmo e muitas vezes transformando este “resíduo” em subproduto o que traz também vantagens econômicas aos usuários do tanino.
Ele explica que estas ETAs, onde o lodo fica isento da adição de ferro ou alumínio, podem utilizar inúmeros destinos mais amplos ecológica e economicamente muito mais viáveis para dispor os resíduos gerados.
Edilson M. da Silva, supervisor Industrial da Mita Ltda, que produz e exporta cavacos de madeira, revela que a empresa utiliza o floculante orgânico há cinco anos para decantar sólidos contidos na água utilizada na lavagem da madeira em toras (acácia negra) antes do processo de picagem (produção de cavacos). "Anteriormente eram utilizados floculantes de base química; optou-se pelo uso do Acquapol pelo fato do mesmo ser produzido à base de água e tanino vegetal (não agredindo ao meio ambiente) além do excelente resultado obtido no processo de decantação de sólidos na ETE", explica.
Em sua avaliação o resultado obtido com a utilização do produto é extremamente satisfatório. "A eliminação de sólidos da água tratada é atingida e o lodo gerado no processo de decantação é 100% orgânico, não agredindo ao meio ambiente".Para saber mais sobre este produtos acesse: http://www.setaonline.com/site/aquaquimica/produto.php?codigo=25. Fonte: Aguonline

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