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25 de junho de 2012

O VALOR DAS COMMODITIES AMBIENTAIS - RIO+20


RIO+20 TerraViva (IPS) - Entrevista Amyra El Khalili: O valor das commodities ambientais‏


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“Chamo isso de responsabilidade socioambiental do sistema financeiro”, explicou Amyra a Terraviva. Esse novo mercado deve considerar o impacto social, ambiental e de geração de ocupação e renda, e agregar todas as reinvidicações feitas na Cúpula dos Povos a seu planejamento financeiro. A crítica de Amyra é sobre como o sistema se apropriou do termo commodities ambientais. “Meio ambiente, recursos naturais estratégicos e bens comuns não pertencem ao Estado, são bens de uso difuso; o Estado é tutelador, e não pode, pela Constituição, vender ou doar”, salientou. Portanto, o minério não é do minerador, que tem uma concessão para explorar. Ninguém pode se adonar da água, é um direito humano.”


TERRA VIVA- Especial RIO+20
IPS – Inter Press Service


Por Clarinha Glock
RIO DE JANEIRO, 20 junho (TerraViva) – A economista brasileira Amyra El Khalili começou a atuar no mercado financeiro quando as mulheres nem pensavam em chegar perto dos bancos. Uma das pioneiras no uso da expressão commodities ambientais, em 18 de junho deu uma palestra sobre Fraudes no Monitoramento do Financiamento Climático durante um seminário da agenda paralela da Rio+20. Filha de um beduíno palestino que chegou ao Brasil na década de 60, tem duas certezas: a primeira é que palestinos e israelenses estão predestinados a conviverem lado a lado, por isso defende dois Estados para dois povos; e a segunda é que o meio ambiente chegou ao mercado e os instrumentos econômicos financeiros ambientais são mais do que necessários.

“Chamo isso de responsabilidade socioambiental do sistema financeiro”, explicou Amyra a Terraviva. Esse novo mercado deve considerar o impacto social, ambiental e de geração de ocupação e renda, e agregar todas as reinvidicações feitas na Cúpula dos Povos a seu planejamento financeiro. A crítica de Amyra é sobre como o sistema se apropriou do termo commodities ambientais. “Meio ambiente, recursos naturais estratégicos e bens comuns não pertencem ao Estado, são bens de uso difuso; o Estado é tutelador, e não pode, pela Constituição, vender ou doar”, salientou. Portanto, o minério não é do minerador, que tem uma concessão para explorar. Ninguém pode se adonar da água, é um direito humano.



Amyra El Khalili, crítica aos créditos de carbono. 
Crédito Clarinha Glock.

As commodities convencionais são produtos ou mercadorias, geralmente matérias-primas, produzidos em larga escala em nível mundial. Exigem tecnologias de ponta, maquinário pesado, monocultura intensiva e de exploração mineral. 

Falar de Mercado de Carbono significa que alguém aposta que vai ter poluição no futuro e está dizendo para o mercado se proteger, observou a economista. Para Amyra, a natureza jurídica do Mercado de Carbono não é clara. O que se quer, na verdade, é fazer com que as empresas deixem de ser poluidoras e passem para o mercado sustentável. De boa fé, os Mercados de Carbono deveriam ter prazos, pressupondo que a poluição vai acabar, o que não ocorre. E o Estado deveria ser capaz de fiscalizar, o que não acontece.

Já as commodities ambientais defendidas por Amyra são construídas com as comunidades e originárias dos recursos naturais em condições sustentáveis. Amyra chegou a esse conceito quando passou a estudar o binômio água e energia, na década de 90, depois de ter mergulhado no sistema financeiro durante mais de 20 anos, parte deles na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). “As commoditie ambientais têm que conservar o patrimônio natural e não degradá-lo ou mercantilizá-lo. O sistema financeiro deve ser o agente financiador para que as populações preservem o meio ambiente e tenham ocupação e geração de renda”, disse. (TerraViva)
(FIM/2012)

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