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20 de dezembro de 2012

CANTINHO LITERÁRIO: RECANTO DAS LETRAS - "TERRA INDÍGENA RIO XINGU"

Terra indígena Rio Xingu

                        Xingu ! Xingu ! banho sagrado,
                 Molha meu corpo nú,
                 Xingu! Xingu! sou presenteado,
                 Com às águas puras do azul.

                        A minha mãe natureza,
                 Divina e pura me dá o viver,
                 Nela tenho legítima certeza,
                 Sou fortificado e tenho saber.

                        Ao amanhecer da aurora,
                 Cristalina que mata minha sede,
                 Pego minha canoa e vou-me embora,
                 Sou ciente e não pesco com rede.

                 Preservando o que mamãe me deu,
                 Águas sagradas sou um filho seu,
                 Sua vida em mim resplandeceu,
                 Não vou deixar tomarem o que é meu.

     

Travessia para cidade Rio Xingu

                   Nos primores do seu talento,
            Nós podemos apreciar,
            Firme estatura e suave vento,
            Harmonia que faz-nos remar.

            O caminho nas águas é pura verdade,
            Não é à toa que vamos remar,
            Nele encontramos à lealdade,
            Na cidade podemos chegar.
                 
                   Viajando em toda beleza,
            A sustentabilidade temos que firmar,
            Sustentados pela natureza,
            Rimas de força vem nos ajudar.

                   
            Os braços que nas águas remam,
            Como os pássaros por cima viajar,
            Todos juntos dogmas apresentam,
            Na proa eles sempre cantar.
            
      

Sustentabilidade é Guerra Rio Xingu

                Cristalina que envolve o meu viver,
         Mata minha sede, sustentabilidade faz reviver,
         Trilha fechada intrusos aborrecer,
         Mata adornada de arcos e flechas resplandecer.

                Para aprender à natureza obedecer,
         Nesta doutrina sagradas árvores vão recrescer,
         Puro saber em suas belezas está o poder,
         Na canoagem força nos remos grande prazer.

                Viajando pelo lençol da Cristalização,
         Com minha canoa e lança na mão,
         Nesta pureza não subsiste podridão,
         Estes esgotos tem que ter resolução.

                Desta terra águas puras é o coração,
         Vertendo vida e alimentação,
         Nesta Era mata virgem é o pulmão,
         Desta terra sofrendo desmatação.
          
Autor: giullany
São José dos Pinhais/PR - Brasil, 26 anos

FONTE:  http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4044285


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