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9 de junho de 2013

JUSTIÇA FEDERAL SUSPENDEU EXTRAÇÃO DE AREIA NO RIO JACUÍ, EM CANOAS (RS)


Suspensão de atividades de mineradoras faz preço da areia disparar

Extração no Rio Jacuí está suspensa; temor é de que haja atraso em obras

Igor Müller

Canoas  - Insumo básico da construção civil, a areia que chega aos canteiros de obra está custando o dobro do preço em relação ao começo do mês. A alta é consequência da decisão da Justiça Federal que suspendeu, há duas semanas, as atividades de três mineradoras que tinham autorização para extrair areia no Rio Jacuí. As empresas recorreram mas, no meio da semana, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região manteve a proibição sob suspeita de que a atividade vem provocando danos ambientais.

Mais de 90% da areia vendida em Canoas vinha do Jacuí. Boa parte do produto chegava de barco aos pátios das empresas instaladas às margens do Rio dos Sinos, na divisa com Nova Santa Rita. Agora, a escassa quantidade de areia nos depósitos vem de caminhão de jazidas de Cristal, Camaquã, Viamão e até de Santa Catarina. A falta do produto mais o custo extra com frete fizeram o valor do metro cúbico saltar de 35 reais para pelo menos 70 reais.

Produto só por encomenda

Acostumado a trabalhar com grandes estoques, o supervisor de uma areeira de Canoas, Telmo Closs, diz que de duas semanas para cá a comercialização ocorre praticamente sob encomenda.
“Como trabalhamos com brita também, não temos como deslocar todos os caminhões para buscarem areia fora. Com isso, temos que buscar quantidades menores praticamente todos os dias, entregando direto nas obras”, resume ele.

Cerca de 800 trabalhadores parados na região

A suspensão da extração de areia coloca em risco o cronograma de obras, aumenta o custo e deixa ociosos cerca de 800 trabalhadores do setor na região metropolitana, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Marítimos e Fluviais. Dono de uma embarcação que faz o frete entre a draga e a beira do rio, o canoense Valdir Boschetti diz que profissionais da capital vão se reunir no começo da semana para pedir providências. “Isso precisa ser resolvido logo.” O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Canoas diz que está monitorando a situação para que empregados do ramo não sejam prejudicados.

Sinduscon tenta intermediar uma solução

Entidades ligadas ao setor, como o Sinduscon-RS, estão empenhadas em viabilizar um acordo para resolver o problema. A ideia é pressionar para que o governo do Estado se comprometa a apertar a fiscalização, o que poderia levar a Justiça a liberar a mineração. No entanto, o Estado diz que ainda não há uma posição sobre o assunto.

O diretor do Sinduscon-RS em Canoas, Alencar Lottici, espera que o tema evolua. “A decisão de manter suspensa a atividade nos preocupa principalmente pelo preço.” O empresário diz que ainda não há registros de atraso em construções na cidade, mas alerta que isso poderá
ocorrer se o impasse não for resolvido logo.

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