Foto: divulgação
Mancha de óleo não deve alcançar o
rio Solimões
Publicado em 12/06/2013
Ive Rylo
São remotas as chances de o leito do rio Solimões ser contaminado pelo vazamento de petróleo ocorrido no Equador, no dia 31 de maio. A informação foi repassada por membros do Núcleo de Avaliação e Controle, nesta segunda-feira (10).
Mesmo com as chances pequenas, a partir do dia 20 de junho será montada uma base do Núcleo de Acompanhamento Ambiental e Monitoramento para analisar a qualidade da água na confluência dos rios Marañon e Solimões, no município de Tabatinga (a 1.105 quilômetros da capital).
Participarão da ação técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e da Defesa Civil do Estado.
“O governador disponibilizou todos os órgãos necessários incumbidos de trabalhar nessa ação emergencial e, com orientação da Marinha, instalarmos o núcleo. Vamos analisar se haverá contaminação no rio e trabalhar ações, se houver necessidade, junto às comunidades ribeirinhas”, ressaltou o secretário executivo de ações da Defesa Civil, coronel Roberto Rocha.
Assim como já ocorre nas comunidades ribeirinhas peruanas - apesar de ainda não haver indícios de vazamento do lado do Peru - Rocha salientou que se necessário, a defesa irá disponibilizar água potável à população para evitar qualquer tipo de contaminação.
A Marinha já liberou uma embarcação da patrulha permanente em Tabatinga para levar os técnicos dos órgãos aos locais. A Aeronáutica também vai oferecer aeronaves para facilitar o transporte de pessoas e equipamentos, se necessário.
O comandante do 9º Distrito Naval, o vice-almirante Sávio Nogueira, explicou que é ínfima a possibilidade de contaminação das águas brasileiras, uma vez que medidas de precaução foram tomadas em territórios equatoriano e peruano. Contudo, se a contaminação ocorrer, o óleo chegaria em Tabatinga somente após 20 de junho, após percorrer mil quilômetros do ponto do acidente até o Brasil.
O oficial da Marinha de Guerra do Peru, o capitão de corveta A. Sotomayor, informou que ainda não há registro de manchas de óleo ou contaminação no lado peruano. Os governos do Equador e Peru montaram barreira de contenção para evitar a propagação do óleo.
O vazamento de óleo ocorreu após a ruptura do Oleoduto Trans-Equatoriano (Sote) na província de Sucumbíos, no Equador. Uma forte chuva no lugar gerou um deslizamento de terra que causou o acidente. O vice-almirante Sávio Nogueira informou que 1,6 milhão de litros, o correspondente a 100 mil barris, escapou da tubulação. Contudo, é estimado que 6,8 mil barris atingiram a água.
Fonte: Em Tempo Online
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