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9 de novembro de 2013

CARIOCAS E FLUMINENSES PODEM SOFRER ESCASSEZ DE ÁGUA COM 2a TRANSPOSIÇÃO - "CARTA EM DEFESA DO RIO"







O Estado do Rio de Janeiro bem como a "Cidade Maravilhosa" são abastecidos pelo Sistema
Guandu que utiliza há muitos anos as águas do Rio Paraíba do Sul transpostas para o mesmo.
Considerando que o Estado de São Paulo está ultimando estudos para fazer uma 2a. TRANSPOSIÇÃO
DO RIO PARAÍBA DO SUL, na região do Reservatório de Jaguari que poderá retirar do rio até 13.000 litros/s
para atender a demanda da Grande São Paulo, os fluminenses e cariocas que são abastecidos pelas águas
do mesmo rio poderão sofrer sérias escassez do precioso líquido.

Preocupados com esse risco e buscando esclarecimentos e até  mesmo tomadas de posição contra essa medida (que poderá ser através de uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA no MPF proibindo essa retirada), a Comissão Ambiental Sul da Diocese de Barra do Piraí/Volta Redonda(RJ) divulgaram CARTA EM DEFESA DO RIO PARAÍBA DO SUL





CARTA DA COMISSÃO AMBIENTAL SUL EM DEFESA DO RIO PARAÍBA DO SUL

Considerando que recentemente o governo do Estado de São Paulo, através do DAEE- Departamento de Águas e Energia Elétrica - apresentou uma síntese dos estudos visando garantia do abastecimento de águas para 2035 da chamada Macrometrópole Paulista, que engloba as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinhas, Baixada Santista, Vale do Paraíba, Sorocaba dentre outras;
Considerando que o estudo aponta a região da bacia do Rio Paraíba do Sul como possível doadora de água a partir do reservatório de Jaguari (Santa Isabel-Igaratá) e de Guararema ou da represa de Paraibuna. 
A vazão a ser retirada pode chegar a 13 000 L/s conforme foi apresentado em uma das simulações – 5 000 litros em Paraibuna e 8 000 em Santa Isabel-Igaratá. Para fins de comparação, esta quantidade de água suficiente para abastecer o dobro da população do Vale do Paraíba, ou cerca de 5 milhões de habitantes. 
Ainda, que este assunto neste formato foi apresentado ao público pela primeira vez em outubro de 2013, cercado de inúmeras dúvidas e colocações técnicas que precisam ser esclarecidas.
Tornamos publico nossas preocupações às autoridades e a toda sociedade, no sentido de atentarem para que não se realize qualquer transposição de água da bacia do Rio Paraíba do Sul para outras regiões sem o detalhamento dos itens abaixo:
· Explicitação das medidas de racionalização do uso de água nas regiões receptoras de água, acompanhado de um controle de perdas, semelhantes as existentes nos países desenvolvidos;
· Atualização do cadastro de usuários de água, especialmente do setor de irrigação em toda a região do Vale Paraíba e Sul Fluminense;
· Definição dos locais de implantação dos novos reservatórios (barragens) e dos estudos dos impactos ambientais, econômicos e sociais pertinentes;
· Sinalização das ações de compensação ambiental e financeira para a região afetada;
· Indicação sobre os eventuais rebaixamentos dos níveis d’água dos reservatórios de Jaguari e Paraibuna, bem como o impacto na economia dos municípios situados em suas margens e adjacências;
· Demonstração do estudo sobre impacto da retirada de água na qualidade de água do Rio Paraíba do Sul, que hoje já não atende aos parâmetros definidos no seu enquadramento que é a Classe 2 (CONAMA 357) devido a falta de saneamento dos municípios situados em sua margem;
· Apresentação de todo o impacto da retirada para as condições quantitativas e qualitativas de entrega de água para o estado do Rio de Janeiro e suas implicações políticas;

A CARTA DA COMISSÃO AMBIENTAL SUL EM DEFESA DO RIO PARAIBA DO SUL, foi aprovada no Fórum Sul Fluminense em Defesa do Rio Paraíba em Plenária Pública, realizada no dia 05/11/13, na UFF-Aterrado, em Volta Redonda, onde 70 signatários entre ambientalistas, especialistas em hidrografia, sindicalistas, lideranças religiosas, politicas, de movimentos e de ONG’s, dentre outros assinam e torna publico a Carta a ser encaminhada às Câmaras Municipais e Prefeitos da Região Sul Fluminense, a ALERJ e ao Governador do Estado do Rio de Janeiro com o apelo para que este assunto passe também por avaliação detalhada e decisão do Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul, CEIVAP – Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, CODIVAP – Consorcio de Desenvolvimento Integrado e Região Metropolitana da Vale do Paraíba.
Volta Redonda, 05/11/13
COMISSÃO AMBIENTAL SUL/RJ, organismo ligado à Diocese de BP-Volta Redonda.
VEJA TAMBÉM:

6 DE NOVEMBRO DE 2013

A 2a. TRANSPOSIÇÃO DO RIO PARAÍBA DO SUL ESTÁ MOVIMENTANDO AMBIENTALISTAS E AUTORIDADES




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