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25 de março de 2014

OS RISCOS DE UM RACIONAMENTO DE ÁGUA EM MOGI DAS CRUZES (SP)


Rio Tietê corta a cidade de Mogi das Cruzes, na região do alto Tietê. Foto: Ayrton Vignola/AE
O futuro das águas

Prevista em estudos climáticos e hídricos, a crise no abastecimento de água provocada pela estiagem chega ao limite pela incapacidade do estado em gerir a produção e despoluição de um recurso finito, como o racionamento imposto em algumas cidades de São Paulo impõe admitir. 
Os resultados da pesquisa realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado por este jornal no final de semana, não surpreendem porque a piora na qualidade da água é visível em todos os nossos malcheirosos rios e córregos.
O descompromisso social com a questão da água está acabando com o Rio Tietê e seus afluentes.  E as atuais políticas públicas não surtem os efeitos esperados para a proteção da água, e nem para a promoção da necessária mudança comportamental da população em relação aos recursos hídricos.
Além de receberem uma carga excessiva de esgoto residencial, os rios são vítima da ocupação irregular das margens, da descarga de fertilizantes e outros produtos químicos e do lixo caseiro. Leis são descumpridas; a educação ambiental engatinha.
A se manterem os passos mancos no controle da poluição, com ou sem a ocorrência de chuvas, a oferta desse bem de primeira necessidade humana tende a ser ainda mais custosa e conflituosa – a discussão entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro falam por si.
Mogi das Cruzes tem investido no controle dos vazamentos, no cumprimento da legislação que conecta a liberação de novos empreendimentos à construção de estações de tratamento de esgotos e no programa de despoluição. 
Essas medidas estão distante das necessidades. Hoje, metade da água produzida é desperdiçada. E, em dois, três anos, o diretor geral do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Marcus Mello, espera diminuir para 40% o percentual de perdas. O que ainda não dá conforto às preocupações reveladas por ele a O
Diário sobre os riscos de um racionamento em Mogi, que depende da compra da água da Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental de São Paulo) para abastecer todo o Município. Essa preocupação leva em conta o que ocorreu há dias com a vizinha Guarulhos, onde a venda do produto foi reduzida em função da crise no Sistema Cantareira.
Ou seja, o debate sobre o futuro do consumo da água afunila-se e exige que se dê prioridade à proteção dos rios e nascentes. Por fim, pela gravidade do tema, ele não deveria se restringir à discussão político-eleitoral. A cegueira social com o futuro dos recursos hídricos já penaliza o bastante o bolso e a qualidade de vida das pessoas. 
http://odiariodemogi.inf.br/opiniao/editorial/22320-o-futuro-das-aguas.html

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